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Risco de colapso no transporte de passageiros em Minas Gerais

Federação das Empresas de Transporte de Passageiros de Minas Gerais (FETRAM) alerta que sem ajuda do poder público o serviço vai parar dia 7 de abril

 

Medidas para evitar a contaminação e transmissão pelo covid-19 (coronavírus), suspendeu aulas, fechou comércio e indústria, bares e restaurantes, colocando toda a população em quarentena para evitar a disseminação do coronavírus. Mesmo com as restrições, o serviço de transporte de passageiros por ônibus continua funcionando, sendo o principal meio de transporte para levar a maioria da população aos hospitais, farmácias e supermercados, e de trabalhadores que estão fora da quarentena por exercer serviços essenciais, como motoristas,  profissionais de manutenção e limpeza das garagens, coletores de lixo,  funcionários da saúde, policiais militares e bombeiros, policiais civis e guardas municipais. entre outras profissões.

O reflexo das medidas chegou rápido ao transporte público de passageiros com forte queda na receita e demanda. Segundo o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros de Minas Gerais, (FETRAM), Rubens Lessa, a situação do setor é dramática e pode entrar em colapso nos próximos dias, se recursos do poder público não chegar a tempo. “Nas empresas que prestam o serviço urbano e metropolitano, por exemplo, a queda chegou a 70%. Isso significa que as despesas financeiras das empresas ficaram muito acima do custo de operação. (50% da receita é para pagar a folha de pagamento e 25% para a compra de óleo diesel). O reflexo já é sentido em algumas empresas que estão sem condições financeiras para arcar com compromissos com seus funcionários e fornecedores”, explica.

Segundo Lessa, a pandemia vem afetando também toda a operação das empresas de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros. Várias prefeituras com a intenção de se proteger da disseminação do vírus, proibiram totalmente o acesso total das empresas às suas rodoviárias, outras restringiram parcialmente a circulação, o que resultou em uma grande redução no número de viagens com perda de receita. Importante ressaltar que com o isolamento de algumas cidades, as empresas vão deixar de entregar grande parte de itens básicos de saúde como medicamentos e produtos médico-hospitalares.

Ele destaca que mesmo com a crise e com apenas pequenos cortes na oferta de viagens, as empresas continuam cumprindo a determinação das prefeituras e do Governo do Estado de transportar passageiros apenas sentados, o que acabou limitando a ocupação dos veículos em 50%, e indiretamente vem onerando ainda mais a operação.

“Toda essa situação é muito preocupante. Precisamos urgentemente de uma ação imediata do poder público, que traga recursos para as empresas poderem continuar prestando o serviço. Caso contrário, teremos um colapso do sistema nos próximos dias.”, conclui Lessa.

Em todo estado de Estado de Minas Gerais, o setor emprega cerca de 100 mil trabalhadores.